Do Observatório do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê:
A negação da crise hídrica foi mais que um momento de cinismo eleitoral. O governador Geraldo Alckmin sustentou sua posição, mesmo diante de todas as evidencias, às portas de uma tragédia anunciada. Mas agora o colapso do abastecimento, sobretudo na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), é muito mais complexo. Crise hídrica, crise do sistema elétrico, crise urbana, expõem o esgarçamento social de um ciclo de desenvolvimento capitalista baseado no modelo privatista dos serviços públicos e nos incentivos consumistas de mercadorias.